Apetece-me beber um copo cheio de palavras, mas daquelas que nos fazem sentir bem. Não me apetece beber coisas como sangue, rasgar ou putrefacto. Também não quero morte, guerra ou, principalmente, Saudade. Estou farto de Saudade. Foda-se, também não quero política nem futebol. Quero drogar-me com palavras de um livro infantil de segunda categoria, daqueles que são vendidos num hipermercado, a 30 metros das laranjas e alfaces, e que provavelmente têm erros ortográficos. Quero o que a maioria das pessoas já esqueceu que existe.